Como promover a transformação digital no seu Município com 8 passos
A revolução digital chegou na administração pública promovendo uma sociedade hiper conectada e colaborativa, transformando a rotina e as relações de quem faz parte deste cenário.
A frase acima até faria sentido daqui uns anos, num futuro próximo onde a tecnologia faz parte do cotidiano dos gestores e dos cidadãos. O que queremos dizer é: Que tipo de cenário é necessário para que ocorra de forma saudável a transformação digital no lugar onde vivemos?
Não sabemos se há uma resposta fácil e direta para isso, mas podemos dizer que há sim alguns tópicos importantes para debater e talvez, somente assim, chegarmos a um ponto onde as cidades inteligentes façam parte do nosso mundo.
Os centros de influência econômicos e sociais ditam o que as pequenas cidades deverão ser e fazer mesmo que de forma indireta. Então, se é assim que as coisas acontecem, as grandes cidades ou regiões metropolitanas influenciam os pequenos municípios na direção para onde elas irão. Ou seja, se uma grande cidade não está adotando o conceito de transformação digital, é muito difícil que os seus municípios vizinhos sigam uma tendência diferente.
O que queremos dizer é que não importa o tamanho da cidade, se ela quer promover a transformação digital, ela pode fazer isso sem impedimento algum.
É daí que surge o conceito de smart city, em português bem claro, “cidade inteligente”.
Neste artigo iremos te mostrar quais são os 8 pilares ou passos que levam um pequeno município a se tornar uma smart city.
A partir da síntese de ideias e recomendações de gestores públicos, especialistas e empresas privadas, foi identificado os 8 passos rumo a smart city.
1. É necessário construir uma visão de cidade que considere as suas características particulares, históricas e sua identidade.
2. Cada cidade deve definir um plano de longo prazo que ultrapasse as gestões de partidos políticos, com ampla participação, com boa comunicação e com a governança ancorada na sociedade e cidadania para assegurar a continuidade no longo prazo.
3. A liderança do projeto smart city é da administração pública municipal, o líder é o prefeito e os seus coordenadores são as suas secretarias.
4. A smart city é construída por pessoas e para pessoas. Deve-se implementar mecanismos de participação do cidadão, ele é o centro.
5. Trabalhar em um marco legal mais favorável.
6. Para acelerar o desenvolvimento e a sustentabilidade dos projetos, deve-se considerar a participação do setor privado, apoiando-se nos seus conhecimentos, habilidades e recursos, construindo novos modelos de negócio sustentáveis.
7. A integração horizontal dos serviços em uma plataforma smart city é a base que permite à cidade ser inteligente.
8. O modelo tecnológico deve estar fundamentado numa plataforma aberta, padrão e interoperável para conseguir maior escala, numa evolução flexível a custos menores, evitar dependência de fornecedores ou estruturas técnicas e assegurar o pleno desenvolvimento de um ecossistema inovador na smart city.
De bônus vamos lhe apresentar mais dois super importantes pontos de uma cidade inteligente.
9. Facilitar a disponibilidade de dados abertos que permita transparência, monitoramento e controle, e também o desenvolvimento de novos serviços por parte de empresas e cidadãos, gerando valor a partir dos dados.
10. Superar velhos e novos desafios, o plano da smart city deve prever ações integradas com o uso de tecnologia para enfrentar os problemas históricos das cidades brasileiras como os relativos a segurança, saúde, educação, saneamento, habitação e desigualdade social; sem esquecer as novas demandas por mobilidade, sustentabilidade e transformação econômica.
Vamos fazer daquela primeira frase acima uma realidade.
Fonte: Smart cities: transformação digital de cidades, de Maria Alexandra Cunha, Erico Przeybilovicz, Javiera Fernanda Medina Macaya e Fernando Burgos.